Quando recebi a notícia da morte do amigo Marin Melquíades, jornalista, editor do Diário de Petrópolis, por um instante senti aquele lamento tão natural quando perdemos uma pessoa querida. Passado algum tempo, comecei a rememorar sua lembrança, os dias na redação do jornal alguns anos atrás, um ou outro encontro na rua ou nas reuniões acadêmicas. Em todo canto que procurava sua imagem em mim, só encontrava o sorriso dele.
Essa constatação fez-me ver o quanto é importante guardarmos conosco os bons momentos que vivemos com as pessoas com as quais nos relacionamos na família, no trabalho, no dia a dia. Sejam elas amigas, ou mesmo inimigas. Todos que nos entregam um sorriso cordial, sincero, estão contribuindo também para a nossa felicidade. Por isso que, tantas vezes que me encontro diante da morte de alguém tão próximo, logo após o choque inicial, enxergo o seu sorriso em mim. Quando uma de minhas sobrinhas saiu deste plano de volta aos braços do Pai Maior, chorei um tanto... mas tinha hora que eu chorava de felicidade, por ela e por mim: seu espírito havia cumprido sua missão, havia estado aqui bem próximo do meu, e ainda prossegue assim próximo pela vibração do Bem que integra aqueles que reconhecem a Unidade como princípio para a manifestação do Amor.
Nos momentos de tristeza passageira que a vida nos apresenta é sempre bom lembrar dos amigos que temos e dos que tivemos. E é sempre melhor lembrar de todos pela manifestação de seu olhar feliz, de seus lábios sorridentes, para que possamos celebrar a alegria e a felicidade de estarmos todos irmanados sob o mesmo sol que nos abençoa com sua Luz.
Camilo Mota é escritor, poeta, terapeuta holístico (www.reikiadistancia.com.br)
É verdade Camilo, tenho a mesma sensação quando algum ente querido se vai.
ResponderExcluirMuito bonito o seu manifesto.