Definir o azul em manhã de inverno, com o sol anunciando os contrastes. Essa pequena visão da natureza aconteceu na manhã desta quinta-feira no horto municipal de Saquarema.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Ganhei flores em meu aniversário
sábado, 14 de agosto de 2010
Convocação para discutir o Conselho Municipal de Cultura de Saquarema
O que queremos para o desenvolvimento da Cultura no município de Saquarema? De que forma os artistas podem ter uma participação efetiva no contexto de criação de políticas públicas que sejam plenamente efetivadas no município? Estas são algumas das questões a serem discutidas na primeira reunião para debater a formação do Conselho Municipal de Cultura, convocado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC).
O encontro acontece no dia 31 de agosto, terça-feira, às 19 horas, no Teatro Municipal Mario Lago. “A participação de todos os agentes culturais é de extrema importância para criarmos um conselho que seja sólido e paritário”, disse Cleber Santos, superintendente adjunto de Cultura da SMEC.
O movimento para a criação do conselho ganhou força com a mobilização ocorrida no início do mês, quando dezenas de artistas e agentes culturais protestaram contra a tentativa de fechamento da Casa de Cultura Walmir Ayala e da Biblioteca Municipal José Bandeira, sem que as mesmas tivessem um destino definido e respeitado.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Caminho das flores
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
E a casa não caiu...
O movimento em torno da conservação da Casa de Cultura Walmir Ayala, em Saquarema, como polo essencialmente cultural traz à tona um conjunto de elementos enriquecedor para reflexões e ações presentes e futuras. Afinal, o que está em jogo não é simplesmente se aquele local deve ou não deve ser transformado no plenário da Câmara de Vereadores, como pleiteiam os legisladores do município. Trata-se, sobretudo, de respeito pela cultura e pela história, de respeito pelas pessoas que pensam e constroem o conhecimento através das artes, em todas as suas manifestações. O suposto acordo entre representantes dos poderes Executivo e Legislativo para ceder a Casa de Cultura para finalidades políticas pecou por ter sido feito sem consulta pública, sem maiores discussões e argumentações. Afinal, os vereadores são eleitos para representarem a população e, para isso, precisam ouvi-la.
A manifestação pública marcada para a tarde-noite de 3 de agosto repercutiu bem além do que se previa. E ela, na verdade, nem chegou a acontecer de fato, mostrando que a ação cultural tem uma força que mobiliza de uma maneira muito mais sutil, provocando abalos nas superestruturas. A mobilização dos agentes culturais aconteceu, principalmente, através de uma convocação através da internet e vários telefonemas, chamando a atenção de órgãos da grande imprensa, e culminando numa reunião de mais de 30 pessoas na Colônia de Pescadores Z-24, local da concentração para a passeata que estava prevista e que não aconteceu por dois simples motivos: a forte chuva que caiu por volta das 18 horas e, principalmente, porque a sessão da Câmara de Vereadores marcada para aquela noite foi cancelada, sob a alegação de que não havia, até então, uma definição do que seria feito em relação à reivindicação da classe artística. A decisão sobre o destino da Casa de Cultura Walmir Ayala foi adiada. Os vereadores optaram pelo silêncio e pelas portas fechadas, passando a responsabilidade para o Executivo tomar um posicionamento.
Enquanto alguns se omitem, a classe artística do município começa a dar sinais de que tem capacidade de se mobilizar (e no encontro havia, inclusive, representantes de municípios vizinhos que se sensibilizaram pela causa e marcaram presença). Na reunião, debateu-se, principalmente, a necessidade de se formar o Conselho Municipal de Cultura, através do fortalecimento do movimento cultural, de seu amadurecimento e de sua ação efetiva para evitar casos como este, em que dois símbolos da cultura local — a Casa de Cultura e a Biblioteca Municipal — sejam tratados como meros “livros que podem ser empacotados à espera de uma estante nova”. A convocação para a estruturação do conselho está prevista para acontecer até o final de agosto.
Enquanto esta crônica-reportagem está sendo escrita, nos bastidores há movimentações que indicam que a Casa de Cultura Walmir Ayala deverá continuar seu destino de foco de luz para o desenvolvimento cultural do município. Mantendo-se ali sua finalidade básica, é preciso, agora, olhar com mais atenção para aquele espaço, conferir-lhe o cuidado que merece para, mais adiante, não ocorrerem, novamente, atitudes unilaterais que venham desrespeitar o cidadão que ainda acredita que o conhecimento adquire-se através da educação e da cultura.
Camilo Mota é escritor, editor do Jornal Poiésis, membro titular da Academia Brasileira de Poesia.
A manifestação pública marcada para a tarde-noite de 3 de agosto repercutiu bem além do que se previa. E ela, na verdade, nem chegou a acontecer de fato, mostrando que a ação cultural tem uma força que mobiliza de uma maneira muito mais sutil, provocando abalos nas superestruturas. A mobilização dos agentes culturais aconteceu, principalmente, através de uma convocação através da internet e vários telefonemas, chamando a atenção de órgãos da grande imprensa, e culminando numa reunião de mais de 30 pessoas na Colônia de Pescadores Z-24, local da concentração para a passeata que estava prevista e que não aconteceu por dois simples motivos: a forte chuva que caiu por volta das 18 horas e, principalmente, porque a sessão da Câmara de Vereadores marcada para aquela noite foi cancelada, sob a alegação de que não havia, até então, uma definição do que seria feito em relação à reivindicação da classe artística. A decisão sobre o destino da Casa de Cultura Walmir Ayala foi adiada. Os vereadores optaram pelo silêncio e pelas portas fechadas, passando a responsabilidade para o Executivo tomar um posicionamento.
Enquanto alguns se omitem, a classe artística do município começa a dar sinais de que tem capacidade de se mobilizar (e no encontro havia, inclusive, representantes de municípios vizinhos que se sensibilizaram pela causa e marcaram presença). Na reunião, debateu-se, principalmente, a necessidade de se formar o Conselho Municipal de Cultura, através do fortalecimento do movimento cultural, de seu amadurecimento e de sua ação efetiva para evitar casos como este, em que dois símbolos da cultura local — a Casa de Cultura e a Biblioteca Municipal — sejam tratados como meros “livros que podem ser empacotados à espera de uma estante nova”. A convocação para a estruturação do conselho está prevista para acontecer até o final de agosto.
Enquanto esta crônica-reportagem está sendo escrita, nos bastidores há movimentações que indicam que a Casa de Cultura Walmir Ayala deverá continuar seu destino de foco de luz para o desenvolvimento cultural do município. Mantendo-se ali sua finalidade básica, é preciso, agora, olhar com mais atenção para aquele espaço, conferir-lhe o cuidado que merece para, mais adiante, não ocorrerem, novamente, atitudes unilaterais que venham desrespeitar o cidadão que ainda acredita que o conhecimento adquire-se através da educação e da cultura.
Camilo Mota é escritor, editor do Jornal Poiésis, membro titular da Academia Brasileira de Poesia.
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